domingo, 8 de março de 2009

A dança e o dia-a-dia da mulher





Já experimentou estar um dia inteiro sem comer nada? Chega ao final desse dia e está com uma fraqueza física bastante elevada. Para ter bem-estar físico é essencial comer todos os dias várias vezes. E para mantermos o nosso bem-estar mental e emocional o que é que fazemos? Não será que andamos numa constante fraqueza?Na nossa sociedade fala-se muito sobre a frase “mente sã, em corpo são”, mas a grande maioria de nós preocupa-se unicamente com o corpo, em especial as mulheres. Quantas de nós fazem mil e um sacrifícios para ter aquele corpo “ideal ”, e mesmo assim se sentem mal com ele, estão sempre encontrando defeitos, e nunca estão contentes cada vez que se olham ao espelho?


Talvez a resposta para esse descontentamento não esteja na parte física mas esteja em faltar algo na nossa parte mental e espiritual.Como mulher e como bailarina, cheguei à conclusão que não adianta fugir daquilo que sentimos e da procura da razão desse sentimento. A Dança ajudou-me e ajuda a cuidar do meu corpo e perceber o quanto a nossa mente atua positivamente ou negativamente sobre ele.Dançar para mim é o mesmo que respirar, em que os benefícios psicológicos para quem dança são infinitos, e um dos mais importantes, principalmente para quem pratica diariamente, é o poder de cuidar do nosso espírito de forma que enquanto estamos a dançar (e nisso a Dança Oriental é especial) esquecemo-nos do que está à nossa volta e concentramo-nos unicamente em nós próprios, sentindo cada parte do nosso corpo, libertando tensões do dia-a-dia, stress, preocupações, tristezas, etc… o resultado é um excelente trabalho físico que começa no espírito e quando acabamos de dançar, por mais exigente que tenha sido esse esforço, sentimo-nos leves, descontraídas e fortalecidas para enfrentar o mundo e nós próprios com positivismo, paz e alegria.Os povos do oriente intuitivamente percebem isso e incluem a dança em todos os aspectos da vida, embora com todos os problemas sociais que possam ter de enfrentar, estão sempre predispostos ao convívio e à dança a qual os ajuda desta forma a enfrentar o dia-a-dia, muitas vezes duro especialmente para as mulheres.




Sara Naadirah Professora e bailarina de Dança do Ventre em Portugal




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